domingo, 24 de abril de 2011

Considerações Finais

      Nosso mundo foi moldado pela borracha. A coleta de matéria-prima para a fabricação de produtos de borracha teve enorme impacto sobre a sociedade e o ambiente. A derrubada de seringueiras na Bacia Amazônica,por exemplo,foi apenas um episódio na exploração dos recursos das florestas pluviais tropicais e de destruição sem igual de um ambiente. O vergonhoso tratamento dado ás populações indígenas da área não mudou;hoje,prospectores e agricultores de subsistêncai continuam a invadir terras que pertencem tradicionalmente aos descendentes dos povos nativos que coletavam látex.A colonização brutal do Congo Belga deixou uma herança de instabilidade,violência e lutas que ainda continua muito presente na região em nossos dias. As migrações em massa de trabalhadores para as plantações de borracha da Àsia mais de um século atrás continuam a afetar a formação étnica,cultural e política da Malásia e do Sri Lanka.

      Nosso mundo continua sendo moldado pela borracha. Sem ela as enormes mudanças trazidas pela mecanização não teriam sido possíveis. A mecanização exige componentes essenciais de borracha natural ou feita pelo homem para máquinas-correias,gaxetas,juntas,válvulas,anéis de vedação,arruelas,pneus,vedações hidráulicas e inúmeros outros. O transporte mecanizado-carros,caminhões,navios,trens,aviões-mudou o modo como pessoas e bens são transportados. A mecanização da indústria mudou os serviços que fazemos e o modo como os fazemos. A mecanização da agricultura permitiu o crescimento das cidades e transformou nossa sociedade rural em urbana. A borracha desempenhou um papel essencial em todos esses eventos.

      Nossa exploração de mundos futuros talvez seja moldada pela borracha,uma vez que esse material-parte essencial de estações,trajes,foguetes e ônibus espaciais-nos permite hoje explorar mundos além do nosso. Mas nossa incapacidade de levar seriamente em conta as propriedades da borracha conhecidas há muito já limitou nosso impulso rumo ás estrelas. Apesar do sofisticado conhecimento que a NASA possui da tecnologia do polímero,a falta de resistência da borracha ao frio-características que Condamine,Macintosh e Goodyear já conheciam-condenou o ônibus espacial Challenger,numa fria manhã de Janeiro de 1986. A temperatura no momento do lançamento era de 2 graus,nove graus abaixo a temperatura mais fria em lançamentos anteriores. No foguete de propulsãoda popa,a junta de vedação de borracha á sombra,no lado protegido contra o sol,estava provavelmente a -2 graus. nesse frio,deve ter perdido sua elasticidade normal e, não retornando á sua devida forma,avariou um lacre de pressão. O vazamento do gás da combustão daí resultante causou uma explosão que tirou a vida dos setes astronautas da Challenger. Esse é um exmplo muito recente do que poderíamos chamar ogora de fator dos botões de Napoleão: a desconsideração de uma propriedade molecular conhecida ser responsável por uma grande tragédia-"E tudo por falta de um anel de vedação!"

O ciclo da Borracha na Amazônia Brasileira

Ciclo da borracha na Amazônia=O Ciclo da borracha constituiu uma parte importante da história econômica e social do Brasil, estando relacionado com a extração e comercialização da borracha. Este ciclo teve o seu centro na região amazônica, proporcionando grande expansão da colonização, atraindo riqueza e causando transformações culturais e sociais, além de dar grande impulso às cidades de Manaus, Porto Velho e Belém, até hoje maiores centros e capitais de seus Estados, Amazonas, Rondônia e Pará, respectivamente. No mesmo período foi criado o Território Federal do Acre, atual Estado do Acre, cuja área foi adquirida da Bolívia por meio de uma compra por 2 milhões de libras esterlinas em 1903. O ciclo da borracha viveu seu auge entre 1879 a 1912, tendo depois experimentado uma sobrevida entre 1942 e 1945 durante a II Guerra Mundial (1939-1945).Linhas gerais=A primeira fábrica de produtos de borracha (ligas elásticas e suspensórios) surgiu na França, em Paris, no ano de 1803. Contudo, o material ainda apresentava algumas desvantagens: à temperatura ambiente, a goma mostrava-se pegajosa. Com o aumento da temperatura, a goma ficava ainda mais mole e pegajosa, ao passo que a diminuição da temperatura era acompanhada do endurecimento e rigidez da borracha.

Foram os índios centro-americanos os primeiros a descobrir e fazer uso das propriedades singulares da borracha natural. Entretanto, foi na floresta amazônica que de fato se desenvolveu a atividade da extração da borracha, a partir da seringa ou seringueira (Hevea brasiliensis), uma árvore que pertence à família das Euphorbiaceae, também conhecida como árvore da fortuna.

Do caule da seringueira é extraído um líquido branco, chamado látex, em cuja composição ocorre, em média, 35% de hidrocarbonetos, destacando-se o 2-metil-1,3-butadieno (C5H8), comercialmente conhecido como isopreno, o monômero da borracha.

O látex é uma substância praticamente neutra, com pH 7,0 a 7,2. Mas, quando exposta ao ar por um período de 12 a 24 horas, o pH cai para 5,0 e sofre coagulação espontânea, formando o polímero que é a borracha, representada por (C5H8)n, onde n é da ordem de 10.000 e apresenta massa molecular média de 600 000 a 950 000 g/mol.

A borracha, assim obtida, possui desvantagens. Por exemplo, a exposição ao ar provoca a mistura com outros materiais (detritos diversos), o que a torna perecível e putrefável, bem como pegajosa devido à influência da temperatura. Através de um tratamento industrial, eliminam-se do coágulo as impurezas e submete-se a borracha resultante a um processo denominado vulcanização, resultando a eliminação das propriedades indesejáveis. Torna-se assim imperecível, resistente a solventes e a variações de temperatura, adquirindo excelentes propriedades mecânicas e perdendo o carácter pegajoso.

[editar] O primeiro ciclo da borracha - 1879/1912

Durante os primeiros quatro séculos e meio do descobrimento, como não foram encontradas riquezas de ouro ou minerais preciosos na Amazônia, as populações da hiléia brasileira viviam praticamente em isolamento, porque nem a coroa portuguesa e, posteriormente, nem o império brasileiro conseguiram concretizar ações governamentais que incentivassem o progresso na região. Vivendo do extrativismo vegetal, a economia regional se desenvolveu por ciclos (Drogas do Sertão), acompanhando o interesse do mercado nos diversos recursos naturais da região. Para extração da borracha neste período, acontece uma migração de nordestinos, pricipalmente do Ceará, pois o estado sofria as consequências das secas do final do século XIX.
Borracha: lucro certo=O desenvolvimento tecnológico e a Revolução Industrial, na Europa, foram o estopim que fizeram da borracha natural, até então um produto exclusivo da Amazônia, um produto muito procurado e valorizado, gerando lucros e dividendos a quem quer que se aventurasse neste comércio.

Desde o início da segunda metade do século XIX, a borracha passou a exercer forte atração sobre empreendedores visionários. A atividade extrativista do látex na Amazônia revelou-se de imediato muito lucrativa. A borracha natural logo conquistou um lugar de destaque nas indústrias da Europa e da América do Norte, alcançando elevado preço. Isto fez com que diversas pessoas viessem ao Brasil na intenção de conhecer a seringueira e os métodos e processos de extração, a fim de tentar também lucrar de alguma forma com esta riqueza.

A partir da extração da borracha surgiram várias cidades e povoados, depois também transformados em cidades. Belém e Manaus, que já existiam, passaram então por importante transformação e urbanização. Manaus foi a primeira cidade brasileira a ser urbanizada e a segunda a possuir energia elétrica - a primeira foi Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.

O que faz a borracha esticar?

Goodyear,que não era químico,não tinha idéia da razão pela qual enxofre e calor funcionavam tão bem com a borracha natural. Não conhecia a estrutura do isopreno,não sabia que a borracha natural era seupolímero e que, com o enxofre,ele conseguira a ligação cruzada fundamental entre moléculas de borracha. Quando se adicionava calor,os átomos de enxofre formavam ligações cruzadas que mantinham as longas cadeias das moléculas de borracha na posição devida. Só 17 anos depois da descoberta fortuita de Goodyear - chamada vulcanização em referência ao deus romano do fogo,Vulcano-,o químico inglês Samuel Shrawder Pickles sugeriu que a borracha era um polímero linear de isopreno,e o processo de vulcanização foi finalmente explicado.

      As propriedades elásticas da borracha são um resultado direto de sua estrutura química. Cadeias aleatoriamente enroscadas do polímero isopreno, ao serem esticadas,se endireitam e alinham na direção do esticamento. Assim que cessa a força responsável pelo esticamento,as moléculas voltama se enroscar. As cadeias longas e flexíveis da configuração totalmente eis da molécula da borracha natural não são suficientemente próximas para produzir muitas ligações cruzadas eficazes entre si, e as moléculas alinhadas podem escorregar umas pelas outras quando a substância está sob tensão. Compare isto comos ziguezagues extremamente regulares do isômero totalmente trans. Essas moléculas podem se unir muito estreitamente,formando ligações cruzadas eficazes que impedem que as cadeias longas deslizem umas pelas outras- o esticamento não é possível. Por isso, a guta-percha e a balata,isoprenos trans,são massas duras,inflexíveis,ao passo que a borracha,o isopreno cis,é um elastômero flexível.

      Ao acrescentar enxofre á borracha natural e aquecer a mistura, Goodyear produziu ligações cruzadas formadas por meio de ligações de enxofre com  enxofre; o  aquecimento era necessário para ajudar a formação dessas novas ligações.  A criação de uma quantidade suficiente dessas ligações dissúlfur permite que as moléculas de borracha permeneçam flexíveis,mas impede que escorreguem umas pelas outras.

      Depois da descoberta de Goodyear,a borracha vulcanizada tornou-se uma das mais importantes mercadorias do mundo e material básico em tempo de guerra. A pequena porcentagem de 0,3% de enxofre é suficiente para alterar o grau de elasticidade da borracha natural,fazendo com que não fique grudenta quando quente, e quebradiça quando fria. A borracha  macia usada para fazer elásticos contém cerca de 1 a 3% de enxofre;a borracha feita com 3 a 10% de enxofre tem mais ligações cruzadas,é menos flexível e usada para pneus de veículos. Com mais ligações cruzadas ainda,a borracha se torna rígida demais para ser usada em aplicações que exigem flexibilidade,embora a ebonite-desenvolvida pelo o irmão de Goodyear, Nelson-,um material preto muito duro,utilizado como isolante,seja borracha vulcanizada com 23 a 35% de enxofre.
Borracha Sintética

Látex e a camisinha

Látex e a Camisinha

Biografia de Michael Faraday

Biografia

Michael Faraday nasceu em Newington Butts,[4] ao sul de Londres. Sua família era pobre e seu pai, James Faraday, era um ferreiro que com a mãe de Faraday, Margaret Hastwell, tinha no começo de 1791 migrado do norte da Inglaterra para Newington Butts, em busca de trabalho. Eles já tinham dois filhos antes de se mudarem (um menino e uma menina), e Faraday nasceu poucos meses depois dessa mudança. A família logo se mudou de novo, agora para Londres, onde o jovem Michael Faraday, um de quatro filhos (uma menina nasceu após Faraday), recebeu os rudimentos de uma educação, aprendendo a ler, escrever, e aritmética.
Faraday começou a trabalhar aos 13 anos de idade, como menino de recados de um encadernador e comerciante de livros, George Riebau, um imigrante francês que foi para Londres devido à Revolução Francesa. Em 1805, aos 14 anos, Faraday tornou-se aprendiz de Riebau, e leu vários dos livros que encadernou durante seus sete anos de aprendizado.
O primeiro livro que chamou sua atenção foi Conversations of Chemistry (Palestras sobre química) de Jane Marcet, escrito em 1805. A obra A melhoria da mente, de Isaac Watts, foi a primeira que fez com que ele meditasse. Leu a Enciclopédia Britânica (um exemplar que estava encadernando) e interessou-se muito por um artigo sobre eletricidade.
Como resultado de suas leituras realizou experiências químicas simples: certa vez teve acesso a um livro(?) chamado Experiências químicas, e com o pouco dinheiro que tinha comprou instrumentos simples e começou a fazer as experiências que estavam no livro. Assim, foi modelando sua inteligência, desenvolvendo sua técnica. Conforme ele progredia, aumentava o seu interesse e a sua curiosidade. Lia todos os livros de ciência que encontrava.
Desde 1810 Faraday assistiu aulas de John Tatum (fundador de uma sociedade filosófica), sobre diversos assuntos. Quando tinha 20 anos, em 1810, Faraday foi convidado para assistir a quatro conferências de sir Humphry Davy, um importante químico inglês e presidente da Royal Society entre 1820 e 1827. Faraday tomou notas dessas conferências e, mais tarde, redigiu-as em formato mais completo. Então, em 1812, ele escreveu para Humphry Davy (por quem admirava muito desde que assistiu as aulas de química), mandando cópias dessas notas. Davy respondeu para Faraday quase imediatamente, e muito favoravelmente, além de arranjar um encontro.
Em março de 1813, foi nomeado ajudante de laboratório da Royal Institution por recomendação de Humphry Davy.
Davy precisava fazer uma lâmpada de segurança para ser usada nas minas e Michael pode mostrar seu potencial, dando-lhe sugestões, pois tinha grande capacidade analítica. Suas sugestões foram aceitas. Davy o reconheceu e lhe deu a oportunidade de participar ativamente de suas experiências.
Seis meses depois, Davy o convidou para acompanhá-lo como seu “assessor filosófico” em uma série de conferências. No dia 13 de outubro de 1813, partiram para a Europa. “Esta manhã marca uma época em minha vida”, escreveu em seu diário. Como o criado de Davy desistiu de viajar, Michael assumiu este papel. A viagem foi cheia de surpresas para Michael: conheceu o mar, as montanhas, o Vesúvio; em Paris, viu Napoleão; conheceu Alessandro Volta, André-Marie Ampère, Joseph Gay-Lussac e outros cientistas.
Em 1815, volta à Inglaterra. Michael passa a integrar o Royal Institution, sendo conferencista ocasional. Ele e Davy concluem a lâmpada de segurança que começou a ser usada no ano seguinte. Michael declara que a lâmpada não era perfeitamente segura, o que desagrada ao ego de Davy. Ingressou na Sociedade Filosófica, onde realizava conferências sobre química, utilizando-se do que ouvia de Davy.
Em 12 de junho de 1821, Faraday casou-se com Sarah Barnard (1800-1879), não tiveram filhos.
Em 1820, Hans Cristian Oersted provou os efeitos magnéticos da corrente elétrica: um fio metálico conduzindo corrente elétrica provoca o desvio de uma agulha metálica.
Em 1821, William Hyde Wollaston concluiu que ao aproximar um ímã de um fio onde está passando corrente elétrica o fio deveria girar em torno do ímã. No dia 3 de setembro deste ano, Faraday mostrou que uma barra de ímã girava em torno de um fio eletrizado e que um fio suspenso eletrizado girava em torno de um ímã fixo, comprovando a teoria de Wollaston. Em outubro, publicou no “Quarterly Journal”. No natal do mesmo ano, fez com que o fio se movesse pela influência do magnetismo terrestre.
Com uma sugestão de Davy, Faraday consegue obter cloro líquido. Escreveu, então, um comunicado para a Royal Society. Mas Davy a lê, antes de ser enviada, e redige uma nota sobre sua participação.
Foi eleito membro da Royal Society em 1824.
Recebeu a nomeação para diretor do laboratório em fevereiro de 1825. Neste mesmo ano, isolou o benzeno do óleo de baleia.
Trabalhou como perito em tribunais, tendo ganho, num só ano, cinco mil dólares.
Em 1827, foi convidado para trabalhar na Universidade de Londres, mas rejeitou.
Trabalhou por quatro anos em vidros para ótica. Obteve várias qualidades de vidro, conseguindo aperfeiçoar o telescópio.
Em 17 de outubro de 1831, demonstrou que era possível converter energia mecânica em energia elétrica. Foi a primeira demonstração de um dínamo, que veio a ser o principal meio de fornecimento de corrente elétrica. No dia 29 desse mês, pegou um disco de cobre preso a um cabo e um ímã em formato de ferradura. Entre os pólos do ímã fez girar o disco, que estava ligado a um galvanômetro, a agulha se moveu com o girar do disco.
Em 1832, fundou a eletroquímica e desenvolveu as leis da eletrólise. Neste mesmo ano, recebeu o Diploma Honorário da Universidade de Oxford, sendo homenageado com a medalha Copley da Royal Society, a maior honraria já concedida por ela.
Em 1833 tornou-se professor da cátedra Fullerton de química na Royal Institution.
Faraday teve importância na química como descobridor de dois cloretos de carbono, investigador de ligas de aço e produtor de vários tipos novos de vidros. Um desses vidros tornou-se historicamente importante por ser a substância em que Faraday identificou a rotação do plano de polarização da luz quando era colocado num campo magnético e também por ser a primeira substância a ser repelida pelos pólos de um ímã. Particularmente, ele acreditava nas linhas de campo elétrico e magnético como entidades físicas reais e não abstrações matemáticas. Porém, suas descobertas no campo da electricidade ofuscaram quase que por completo sua carreira química. Entre elas a mais importante é a indução electromagnética, em 1831.
Em 1857, o professor Tyndall lhe oferece a presidência da Royal Society, mas Michael recusa: “quero ser simplesmente Michael Faraday até o fim”. Ele queria continuar com suas experiências, se fosse presidente não teria tempo para isso.
Faraday morreu na sua casa em Hampton Court, aos 75 anos e, devido a sua simplicidade, não foi enterrado na Abadia de Westminster, mas no Cemitério de Highgate.
 Michael Faraday

Biografia de Charles Goodyear

Charles Goodyear
(1800 - 1860)
  Inventor estadunidense nascido em New Haven, Conn, criador do processo de vulcanização da borracha (1839) que popularizou o uso comercial desse material. Começou a carreira dele como um sócio do pai, mas o negócio faliu (1830). Ele ficou interessado então descobrir um método de tratar borracha da Índia, de forma que ela perdesse sua adesividade e suscetibilidade. Procurou ampliar o campo de aplicação da borracha misturando-a com outras substâncias. Comerciante falido da Filadélfia (1834), entrou em uma loja da Cia. de Borracha Roxbury, da Índia, o primeiro fabricante de borracha da América, mostrou ao gerente de loja uma válvula nova que ele tinha inventado. Porém a companhia não estava mais no mercado para válvulas pois diversos artigos de borracha fundidos produzidos na fábrica da companhia em Roxbury, Massachusetts, haviam derretidos no calor e estavam sendo devolvidos por clientes enfurecidos. A febre da borracha, a goma impermeável nova do Brasil, do início do século XIX terminara tão de repente quanto tinha começado. Mesmo assim ele não desistiu de estudar as propriedades da borracha. Voltando à Filadélfia, foi preso por não pagar uma dívida e enquanto preso fez as primeiras experiências com borracha, amassando e trabalhando a mesma durante horas. Pensou em adicionar um pó seco à goma para e aumentar sua viscosidade e já fora da prisão ele tentou a mistura com a ajuda da esposa e suas filhas pequenas. Transferiu-se para Nova Iorque e transformou em laboratório um quarto de moradia cedido por um amigo. Acrescentando dois agentes secantes à borracha, talco e quicklime, e fervendo a mistura, conseguiu um produto mais estável, que lhe deu uma medalha em uma feira comercial em Nova Iorque. Com a falta de matéria prima aplicou ácido nítrico para remover uma pintura de bronze em amostras usadas. Curiosamente a adição resultou na melhor borracha que ele já havia feito. A crise financeira (1837) prejudicou a prosperidade do negócio. Depois de um período de miséria, conseguiu novo apoio em Boston e arranjou um contrato com o governo para fabricação de 150 malas postais, utilizando o processo de ácido nítrico. Porém durante o armazenamento as malas postais mostraram problemas e ele voltou ao fundo do poço. Persistente passou a usar enxofre em suas experiências. Um dos pedaços de sua nova mistura escapou-lhe dos dedos e caiu sobre uma chapa quente (1839). Quando ele se preparava para limpar a chapa, ele encontrou um produto com a consistência similar ao couro. E ao redor da área carbonizada estava uma borda marrom seca, elástica, tão notavelmente alterada, que era certamente uma substância nova. Acidentalmente tinha descoberto o processo de vulcanização a partir da borracha com enxofre e calor, ou seja, tinha produzido a borracha impermeável, uma das maiores descobertas acidentais da história. Escreveu para o cunhado, um abastado fabricante têxtil de Nova Iorque, contando-lhe suas descobertas. O cunhado interessou-se e rapidamente montou duas fábricas de produtos têxteis à base de borracha, que se tornaram um sucesso. A partir de uma amostra Thomas Hancock inventou a borracha vulcanizada (1843), quatro anos depois de Goodyear. Até que o norte-americano solicitasse uma patente inglesa, Hancock já havia depositado a sua, algumas semanas mais cedo. Apesar de problemas legais na França, lá ele recebeu a Cruz da Legião de Honra, dada pelo Imperador Napoleão III. Embora tenha se tornado dono de várias patentes não conseguiu fazer fortuna pessoal porém teve um final da vida confortável com sua família e morreu em New York City. Seu filho Charles Goodyear Jr. (1833-1896) construiu com talento inventivo, uma pequena fortuna em maquinário industrial. A companhia Goodyear Pneus &  Borrachas foi nomeada em sua honra, mas nunca pertenceu a membros de sua família.

Isomeria geométrica

A isomeria geométrica (ou isomeria cis-trans) é um tipo de estereoisomeria dos alcenos e cicloalcanos. Se distingue entre o isómero cis, no que os substituintes estão no mesmo lado da dupla ligação ou no mesmo lado do cicloalcano, e o isômero trans, nos que estão no lado oposto da dupla ligação ou em lados opostos do cicloalcano.[1]

cis-2-buteno

trans-2-buteno

cis-1,2-dimetilciclopentano e trans-1,2-dimetilciclopentano
A IUPAC desaconselha o uso do termo isomeria geométrica.[2]

[editar] Notação Z/E

Configurations E&Z couleur.png
O sistema de nomenclatura cis/trans em alquenos é insuficiente quando há três ou mais substituintes diferentes na ligação dupla. Nestes casos se usa o sistema de nomenclatura Z/E, adotado pela IUPAC,[3] que serve para todos os alquenos. Z provém do vocábulo alemão zusammen que significa juntos e E do vocábulo alemão entgegen que significa opostos. Equivaleriam aos termos cis e trans respectivamente.
Se uma configuração molecular é Z ou E vem determinado pelas regras de prioridade de Cahn, Ingold e Prelog. Para cada um dos dois átomos de carbono da ligação dupla se determina individualmente qual dos dois substituintes têm a prioridade mais alta. Se ambos substituintes de maior prioridade estão no mesmo lado (ou seja, se os maiores números atômicos estiverem do mesmo lado), a disposição é Z. Alternativamente, se os maiores números atômicos estão em lados opostos, a disposição é E.
Como exemplo, na imagem o ácido (Z)-3-amino-2-butenóico e o ácido (E)-3-amino-2-butenóico.

Biografia

Charles-Marie de La Condamine nasceu em Paris a 27 de Janeiro de 1701, filho de Charles de La Condamine, recebedor de finanças em Moulins, e de Louise Marguerite de Chourses.
Depois de ter realizado os seus estudos preparatórios em humanidades e matemática no Lycée Louis-le-Grand, em Paris, Charles-Marie de La Condamine envereda por uma carreira militar, alistando-se no Exército. Participou na campanha contra a Espanha da Guerra da Quádrupla Aliança (1719), tendo estado presente no cerco a Roses.

[editar] A paixão pelas ciências e pelas viagens (1719-1735)

Após o seu regresso a Paris, estabeleceu relações de amizade com diversos membros da intelectualidade, entre os quais Voltaire, em especial com cientistas empenhados em estudos de Físico-Química e de História Natural.
Deixa o Exército em 1719 para completar a sua formação e para se consagrar inteiramente aos estudos científicos. A 12 de Dezembro de 1730 foi nomeado assistente de Química nos laboratórios da Academia das Ciências, passando a participar nos trabalhos da Académie des Sciences, da qual foi feito membro nesse ano.
Apaixonado pelas viagens, realiza algumas expedições científicas ao Norte de África que lhe permitem obter dados que depois utiliza em numerosas comunicações e artigos científicos. Em Maio de 1731 embarca num navio da Compagnie du Levant com destino a Istanbul, cidade onde permanece durante cinco meses. Após o seu regresso a Paris, apresenta na sessão da Académie des Sciences realizada a 12 de Novembro de 1732 uma comunicação intitulada Observations mathématiques et physiques faites dans un voyage du Levant en 1731 et 1732, a qual teve muito bom acolhimento.

[editar] A expedição ao Peru e à bacia amazónica (1735-1744)

Depois de ter estudado astronomia e geodesia, em Abril de 1735 Charles-Marie de La Condamine foi encarregado pela Académie des Sciences de realizar uma expedição ao Peru tendo como objectivo central proceder à determinação exacta do grau do arco de meridiano nas proximidades da linha do equador, para além de realizar diversos estudos de História Natural.
A expedição inseria-se no esforço então em curso de verificar a hipótese de Newton sobre o achatamento da Terra nas zonas polares, matéria que dividia a comunidade científica europeia da época. Ao mesmo tempo foi enviada outra expedição, integrando Pierre Louis Maupertuis, Alexis Claude Clairaut e Pierre Charles Le Monnier, a qual se dirigiu à Lapónia para na região circumpolar proceder às mesmas medições.
A expedição partiu do porto de La Rochelle a 16 de Maio de 1735, sob o comando de Louis Godin, levando Pierre Bouguer como encarregado das observações científicas. Para além de La Condamine integrava ainda o botânico Joseph de Jussieu.
Depois de escolas na Martinica, Santo Domingo e Cartagena das Índias, chegam ao Panamá a 29 de Dezembro de 1735. Depois de uma travessia do istmo por terra e de uma viagem marítima pela costa do Pacífico, chegam ao porto de Manta, na então província de Quito, a 10 de Março de 1736,e a 13 de Março chegam a Guayaquil.
À chegada à América espanhola a expedição integra Jorge Juan e Antonio de Ulloa, dois oficiais espanhóis encarregues da acompanhar os trabalhos em representação do governo espanhol.
A partir de Guayaquil, numa indicação do que será o futuro da expedição, La Condamine toma um caminho separado, seguindo uma rota pouco conhecida e que atravessava zonas desabitadas de vegetação inalterada. La Condamine apenas se encontrou em Quito com Godin e Bouguer a 4 de Julho de 1736.
O arco de meridiano que fora escolhido atravessava um alto vale perpendicular à linha do Equador, estendendo-se de Quito, ao norte, até Cuenca. no extremo sul da linha. Os académicos iniciaram os seus trabalhos na planície de Yaruqui, levando de 3 de Outubro a 3 de Novembro de 1736 para ali medir o segmento de base da triangulação. Cansados e desavindos, regressaram a Quito no início do mês de Dezembro.
Para complicar a situação, os fundos que tinham sido prometidos em Paris não chegam, colocando a expedição numa situação financeira muito difícil. La Condamine, que prudentemente trouxera letras de câmbio endossadas a um banco em Lima, oferece ajuda, tendo para tal partido para Lima a 28 de Fevereiro de 1737. Ali chegado, resolveu prolongar a sua viagem para poder observar a árvore da quina, a fonte do quinino, então ainda quase desconhecida dos europeus. Apenas regressa a Quito a 20 de Junho de 1737.
A expedição desenrola-se num clima de crescentes dificuldades de relacionamento entre os cientistas, com Godin a recusar-se a comunicar os resultados por si obtidos aos restantes colegas. La Condamine e Bouguer continuam a colaborar.
A medição de um arco de meridiano num ambiente montanhoso e hostil apenas termina em Agosto de 1739. A partir daí apenas restava fazer as observações astronómicas que confirmassem a posição dos pontos extremos do arco medido. Contudo as desavenças entre os membros da expedição crescem e as posições vão-se extremando, com Godin a manter-se isolado e guardar ciosamente os seus resultados.
Quando em Dezembro de 1741 Bouguer decide corrigir um erro que tinha detectado num cálculo feito por La Condamine, surge uma azeda disputa entre os dois, que também deixam de trabalhar em conjunto. Sem outra solução, acabam por decidir separarem-se e prosseguirem trabalhos por percursos distintos. Apesar disso, os trabalhos da dupla medição do arco são dados por concluídos em 1743, sete anos após a chegada da equipa ao Equador.
Terminado o trabalho geodésico, La Condamine parte em Maio de 1743 da cidade de Quito e dirige-se às cabeceiras do rio Amazonas, que desce até ao mar. No percurso faz um levantamento do curso do rio, procedendo a observações astronómicas para fixar com segurança a sua posição. Também estuda a vegetação e a antropologia dos povos que encontra, interessando-se em especial pela seringueira e pelo uso do curare. Foi o primeiro cientista a percorrer o curso do rio Amazonas.
A 19 de Setembro de 1743 chega a Belém do Pará, onde permanece durante algum tempo fazendo observações astronómicas e informando-se sobre o uso da borracha. Partindo por via marítima para Cayenne, chega àquele porto a 25 de Fevereiro de 1744, tendo de aí permanecer por cinco meses por falta de uma embarcação que o conduzisse à Europa.
No período em que permaneceu em Cayenne continuou com a sua campanha de observações astronómicas e estudou o movimento do pêndulo nas regiões equatoriais. Também se interessa pela vegetação e pela etnografia. Partiu para Amesterdão em Agosto de 1744, chegando àquela cidade a 30 de Novembro daquele ano.
Esta viagem permitiu-lhe recolher informações relevantes sobre o Peru e a Amazónia, entre as quais a primeira descrição científica da quina, árvore de onde se extrai o quinino, da borracha e da seringueira e do curare, o famoso veneno utilizado pelos ameríndios nas suas flechas.

[editar] O regresso a Paris e os anos finais (1745-1774)

A 26 de Fevereiro de 1745 chegou a Paris trazendo consigo uma colecção de mais de 200 objectos relativos à história natural e à antropologia da bacia amazónica, que ele galantemente oferece a Georges Louis Leclerc, o famoso conde de Buffon. Entre os objectos trazidos encontrava-se a primeira amostra de curare que foi trazida para França e uma das primeiras, se não a primeira, a chegar à Europa.
Publicou um relato da sua viagem, acompanhado das medições feitas e de um mapa do curso do rio Amazonas nas Mémoires de l'Académie des Sciences de 1745 (seguido de uma tradução inglesa em 1745-1747). No relato estão incluídas as primeiras descrições científicas do canal do Cassiquiare e do curare.
O resultado científico da expedição, em confronto com os dados obtidos na Lapónia, veio provar sem sombra de dúvida a tese de Newton de que a Terra é achatada nos pólos.
Em resultado dos desentendimentos durante os trabalhos, La Condamine e Bouguer não se entendem sobre a publicação dos resultados comuns. Só a morte de Bouguer, ocorrida em 1758, termina a querela. Godin morre em 1760.
Um diário circunstanciado das suas observações durante a viagem à América do Sul foi publicado em Paris no ano de 1751. Também publicara (1745), em espanhol, um relato circunstanciado da sua passagem pela América do Sul. Em parte em resultado dessa publicação, La Condamine, que sobrevive aos colegas, beneficia da sua capacidade de escrita e poliglotismo, acabando por receber do público o crédito quase total pelo êxito da expedição, apesar de ser bem menos versado em astronomia e matemática do que os seus colegas.
Em Agosto de 1756 casa, com dispensa papal, com a sua sobrinha Charlotte Bouzier d’Estouilly.
Continuando as suas viagens e estudos geodésicos, numa demorada visita a Roma La Condamine executou medições precisas das dimensões de diversos edifícios da Antiguidade Clássica com o objectivo de determinar com exactidão o cumprimento do utilizado pelos romanos.
Sendo membro da Académie des Sciences desde 1730, foi feito sócio correspondente das academias de Londres, Berlim, São Petersburgo e Bolonha.
Em 29 de Novembro de 1760 foi eleito membro da Académie Française, onde foi formalmente apresentado por Georges Louis Leclerc, o conde de Buffon.
Popular e cortês, La Condamine tinha grande número de amigos e admiradores. Era amigo próximo de Pierre Louis Maupertuis, que lhe legou os seus papéis, e de Voltaire.
Tendo visto o sucesso da inoculação vacínica na América espanhola, passa o resto da sua vida a fazer uma intensa campanha a favor da vacinação, nomeadamente contra a varíola, doença que tinha contraído enquanto criança, tendo escrito diversos artigos sobre essa matéria.
Sofrendo de fortes achaques, que desde 1763 o tinham deixado com mobilidade muito reduzida, faleceu em Paris a 4 de Fevereiro de 1774, na sequência de uma operação mal sucedida para conter uma hérnia inguinal.

[editar] Principais publicações

La Condamine é autor de múltiplas obras, na sua maior parte comunicações e artigos científicos, cobrindo uma vasta área do saber que vai da geografia e da geodesia à botânica e a antropologia. A lista que se segue inclui apenas os títulos mais relevantes:
  • Journal du voyage fait par ordre du roi à l'équateur (Paris 1751, Supplement 1752)
  • Relation abrégée d'un voyage fait dans l'intérieur del'Amérique méridionale (Paris 1759)
  • Mémoire sur quelques anciens monumens du Perou [sic], du tems des Incas, in: Histoire de l’Académie Royale des Sciences et Belles Lettres II (1746), Berlin 1748, S. 435-456 (aqui disponível em formato PDF).
  • Relation abrégée d'un voyage fait dans l'intérieur de l'Amérique méridionale depuis la côte de la mer du Sud jusqu'aux côtes du Brésil et de la Guyane, en descendant la rivière des Amazones, lue à l'assemblée publique de l'Académie des sciences, le 28 avril 1745 (1745)
  • La Figure de la terre, déterminée par les observations de M. Bouguer et de La Condamine, envoyés par ordre du Roy au Pérou pour observer aux environs de l'Équateur, avec une Relation abrégée de ce voyage qui contient la description du pays dans lequel les opérations ont été faites, par M. Bouguer (1749)
  • Journal du voyage fait à l'Equateur servant d'introduction historique à la Mesure des trois premiers degrés du Méridien (1751)
  • Mesure des trois premiers degrés du méridien dans l'hémisphère austral, tirée des observations de MM. de l'Académie royale des sciences envoyés par le roi sous l'Équateur (1751)
  • Histoire d'une jeune fille sauvage trouvée dans les bois à l'âge de dix ans (attribué à La Condamine, 1755)
  • Histoire de l'inoculation de la petite vérole, ou Recueil de mémoires, lettres, extraits et autres écrits sur la petite vérole artificielle (1773)
Polímeros Naturais

Isopreno



      Você consegue imaginar como seria o mundo sem pneus para automóveis,caminhões e aviões? Sem gaxetas e correias de ventilador para nossos motores,elásticos para nossas roupas,solas impermeáveis para nossos sapatos? Que seria de nós sem artigos tão corriqueiros mas tão úteis como elásticos?

      A borracha e os produtos dela derivados são tão comuns que tendemos a não parar para pensar o que ela é e e que maneira mudou nossas vidas.Embora a humanidade tivesse conhecimento de sua existência havia séculos,só nos últimos 150 anos a borracha se tornou componente essencial da civilização.A estrutura química da substância lhe confere propriedades únicas,e a manipulação química dessa estrutura produziu uma molécula com que se fizeram fortunas,pela qual se perderam vidas e com qual países inteiros se transformaram para sempre.                                           

                                                               As origens da borracha  

     Algumas formas de borracha eram conhecidas havia muito tempo em toda a América Central e do Sul. Em geral, o primeiro uso que dela se fez,para fins tanto decorativos quanto práticos,é atribuído a tribos indígenas da bacia Amazônica. Bolas de borracha encontradas num sítio arqueológico mesoamericano próximo de Veracruz,no México,datam de algum momento entre 1600 e 1200a.C. . Em sua segunda viagem ao Novo Mundo,em 1495,Cristóvão Colombo viu, na ilha de Hispaniola,índios brincando com bolas feitas com uma resina vegetal,que quicavam a alturas surpreendentes."Melhores que as cheias de vento feitas na Espanha",relatou ele, referindo-se presumivelmente ás bexigas de animais infladas que os espanhóis utilizavam em jogos de bola.
     Colombo levou um pouco desse novo material para a Europa,assim como outros que viajaram para o Novo Mundo depois dele. Mas o látex de borracha continuou pouco conhecido;as amostras tornavam-se pegajosas e malcheirosas quando o tempo estava quente e, nos invernos europeus,duras e quebradiças. 
      Um francês chamado Charles-Marie de la Condamine foi o primeiro a investigar se poderia haver algum emprego sério para aquela estranha substância. La Condamine-qualificado ora como matemático,ora como geógrafo e astrônomo,bem como playboy e aventureiro-havia sido enviado pela Academia Francesa de Ciências para medir um meridiano que passaria pelo Peru,como parte de u esforço para determinar se a Terra era de fato ligeiramente achatada nas pólos. Depois de concluir seu trabalho para a Academia,la Condamine aproveitou a oportunidade para explorar a selva sul-americana e retornou a Paris,em 1735,com várias bolas de resina coagulada da a´rvore da borracha (em inglês, caoutchouc tree,a "árvore que chora"). Ele observara os índios omegus do Equador coletando a seiva branca e pegajosa da árvore,que depois defumavam e moldavam numa variedade de formas para fazer vasilhas,bolas,chapéus e botas.




Lamentavelmente,as amostras da seiva crua que La Condamine levou consigo,que permeneceu como látex,porque não fora preservada pela ação da fumaça,fermentaram durante a viagem de navio e,ao chega á Europa,eram uma massa inútil e malcheirosa.




      O látex é uma emulsão coloidal,uma suspensão de partículas naturais de borracha na água. Muitas árvores e arbustos tropicais produzem látex,entre elas a Ficus elastica,a planta doméstica geralmente chamada "planta da borracha". Em akgumas partes do México o látex é coletado da maneira tradicional,de árvores da borracha silvestres da espécie Castilla elastica. Todos os exemplares da amplamente distrubuída família Euphorbia(asclépia ou eufórbia) são produtores de látex,inclusive o conhecido bico-de-papagaio, a Euphorbia arbustiva,decídua e perene,e a chamada snow-on-the-mountain,uma Euphorbia norte-americana de crescimnto rápido. A Partheniumargentatum,ou guayule,um arbusto que cresce no sul dos Estados Unidos e no norte do México,também produz muita borracha natural. Embora não seja tropical nem pertença á família das Euphorbia,o humilde dente-de-leão é mais um produtor de borracha. Porém,o maior produtor isolado de borracha natural é uma árvore originária da região Amazônica do Brasil, a Hevea brasiliensis,ou seringueira.
                                                                                                                                                                               
 


                                                                 
                                                    

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Isopreno

Isopreno

O isopreno é um composto orgânico tóxico que é utilizado como monômero para a fabricação do poliisopreno, a borracha, através de uma reação de polimerização e também é usado como catalisador para a obtenção de outros compostos químicos.
São sinônimos de isopreno: beta-metildivinil; 2-metil 1,3-butadieno. Sua fórmula química é C5H8.
Nas CNTP, o composto é líquido, sem coloração, possui odor suave, é inflamável, é menos denso que a água e produz vapor irritante.
Isopreno
Alerta sobre risco à saúde
Isoprene.svg Isoprene-3d.png
Nome IUPAC 2-methyl-1,3-butadiene
Outros nomes isoprene
Identificadores
Número CAS 78-79-5
PubChem 6557
SMILES
Propriedades
Fórmula molecular C5H8
Massa molar 68,12 g/mol
Densidade 0,68 g·cm-3 [1]
Ponto de fusão -146 °C[1]
Ponto de ebulição 34 °C[1]
Solubilidade em água 0,7 g·l-1 a 20 °C [1]
Solubilidade solúvel em etanol e éter dietílico[2]
Pressão de vapor 604 hPa (20 °C)[1]
Riscos associados
Frases R R45, R68, R12, R52/53
Frases S S53, S45, S61
Compostos relacionados
Alcadienos relacionados Butadieno
Excepto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições PTN

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.
Estrutura molecular do isopreno, a molécula base nos óleos essenciais.